Especial Brazil (3): Fábio Zimbres, el Ronaldinho de las artes gráficas
(Por Samuel Casal) Confesso que não estou a vontade para escrever sobre o Zimbres. Para começar, quem não conhece Fábio Zimbres? Certa vez em La Paz, em um festival de histórias em quadrinhos, fui apresentado a suíços, espanhóis, franceses e argentinos, e todos se declararam fãs do Zimbres. Ele é uma espécie de Ronaldinho (Gaúcho) das artes gráficas! Além do mais, saber que ele próprio vai ler este texto, simplesmente me apavora. Porquê? Porque eu já li um texto escrito por ele...
Eu tive o prazer de publicar meus desenhos em alguns álbuns junto com Zimbres, e isso é motivo de orgulho para mim. Sua presença em qualquer projeto inspira confiança. O trabalho de Zimbres vai além dos grafismos, todo o conceito de seu desenho primitivo, nos assusta com sua naturalidade e pureza quase infantil, misturado com forte design que desafia qualquer padrão. Com pinceladas soltas, rabiscos perturbados e texturas aleatórias, sua arte nos bombardeia com cores e idéias, de forma ousada, sem perder a espontaneidade do traço.
Conversei pessoalmente apenas uma vez com Zimbres, em Porto Alegre, e bastou para eu confirmar a impressão de serenidade e coerência que ele me passava através de seus fantásticos textos na lista de discussões sobre desenho da qual participávamos. Fábio expressa suas idéias com profundidade e clareza invejáveis, tanto escrevendo, como desenhando.
Então agora, se alguém não conhecia Fábio Zimbres, ficou sabendo de uma minúscula parte do que realmente representa o seu trabalho. E, para quem já conhecia, espero não ter cometido nenhuma afronta, injustiça ou feito algum inimigo! Porque nunca se sabe, já que os fãs dele estão espalhados por toda a parte...
