El Folha no perdona
(Por Massimo Gentile) Mais uma vez o Zidane tirou o Brasil da Copa, dando uma palestra de futebol que impressionou o mundo inteiro. No títilo principal da primeira página, "França elimina Brasil", um generoso extra bold nas palavras "de novo" foltalece o a idéia.
A foto fui escolhida pelo suo valor simbólico. Teria sido perfeita uma imagem parecida, mas com, além do Zidane, e para representar o Brasil, outros protagonistas negativos do jogo. Ao final das contas Zé Roberto foi o melhor em campo por parte brasileira, umo dos pouquíssimos que tentou criar jogo. Aliás o Zé Roberto teve realmente pouca sorte nos últimos 12 anos. Participou da derrota contra a França na final de 98 e, apesar do resultado, fui um dos poucos que se salvou.
Não fui convocado em 2002, quando o Brasil levou a copa pela quinta vez, e voltou a participar de um mundial agora, mas perdendo novamente e sendo mais uma vez o melhor dos brasileiros. Suas lágrimas são bem comprensíveis.
A capa do caderno Copa não precisa explicações já que editorializa um conceito claro: "Sem desculpas". Ainda dá para discutir e encontrar justificativas pela derrota de 98. Desta vez não. Se a Argentina saiu da Copa de cabeça erguida, a
seleção não, e os brasileiros sabem disso.
Quem se deu bem fui o gaúcho Felipe Scolari que comemorou a vitória do Portugal contra seu próximo tíme, a Inglaterra. Assim ele assume um dos recordes de jogos como treinador nas Copas, evita o psico-drâma de encontrar e eventualmente eliminar o Brasil, e ganha toda a simpatia da torcida brasileira no próximo turno que vai ser contra a França. Um jogo de fotos na primeira página coloca em contraste a felicidade teatral do Felipão contra a expressão amarga do Parreira.