Te presentamos la tipografía Público (para el diario portugués Público)
Mucho se habló del rediseño del diario Público de Portugal en los días que VisualMente estaba cerrado por vacaciones. Gracias al diseñador portugués Nuno Vargas pudimos conseguir una vuelta más de rosca sobre este tema. Lo tipográfico es clave en la nueva imagen que tiene un periódico, por eso el aporte de Vargas sobre la cuestión es muy interesante. Mientras termina su tesis de doctorado sobre diseño de prensa online, él habla con el creador de la tipografía, Christian Schwartz, y nos cuenta el proyecto.
(Por Nuno Vargas) O jornal Público, um dos jornais de referência de Portugal, estreou layout na última segunda-feira, dia 12. O redesign é da autoria de Mark Porter e da Esterson Associates, de Londres que em 2005 redesenharam o The Guardian. A família tipográfica, que usa o mesmo nome que o jornal, é nova e feita à medida. Uma das metades responsáveis pelo projecto tipográfico foi Christian Schwartz. Este é o resultado de várias conversas e troca de emails com ele.
Durante o processo de redesign do The Guardian, Mark Porter, director criativo do jornal e responsável pela sua renovação, encomendou ao tipógrafo Christian Schwartz e a Paul Barnes, uma família tipográfica, com pesos e variantes suficientes, para usar em todo o jornal.
Pediu-lhes uma fonte "austera mas moderna" e "discreta e elegante". Com "um tom de voz calmo, poucos contrastes entre formas, uma forte influência holandesa, mas mantendo um tom visual inglês".
Inicialmente, a ideia do desenho foi "explorar a tensão que se podia criar, da combinação das terminações em circunferência, de formas suaves e os serifs pontiagudos", trabalhando-os de forma a "dar alguma especificidade e interesse visual à fonte. Manteve-se, ainda assim, a sua voz séria e medida, evitando extremos e tentando evitar texturas tipográficas mais densas como as da Farnham ou Mercury ou a beleza de fontes como a Lexicon".
Inicalmente baptizada com o nome "Stockholm", depois renomeada "Haçienda" (em homenagem ao famoso club-discoteca dos anos 80, em Manchester, cidade original do The Guardian), foi ganhando pesos e variantes, até chegar a formar uma família completa.
A primeira variante desenhada foi a fonte de títulos. Christian descreve-a como "um tipo de desenho aberto que permitiu, muito facilmente, desenhar a correspondente fonte para texto".
Entretanto, à medida que o processo de redesign do The Guardian ia evoluindo, foi-se tornando evidente que, apesar da sua qualidade, aquele tipo de tipografia, não se enquadraria na nova imagem do jornal. Depois de várias tentativas, frustradas, de reajustamento, a fonte foi deixada inacabada e posta de lado.
Dois anos depois, no fim do Verão de 2006, a equipa de Mark Porter, agora responsável pelo redesign do jornal português Público, voltou a contactar a dupla Christian Schwartz/Paul Barnes. Pediu-lhes para "voltarem a olhar para a família tipos Haçienda e tentarem descobrir uma forma de corrigir os seus erros, a resolverem visualmente, segundo a ideia inicial, e terminarem-na como uma família tipográfica completa, no menor tempo possível".
Christian Schwartz diz que "passar algum tempo (dois anos) sem olhar para a fonte, fez maravilhas aos nossos olhos. Quando voltamos a olhar para ela, foi, imediatamente, óbvio que precisava de ter mais chispa e mais força. Decidimos aumentar o contraste e a acutilância dos serifs e jogar com as circonferências suaves das terminações, mantendo o contraste alto, mesmo nos pesos maiores. O resultado é uma família tipográfica séria e elegante com um toque de humor nos seus pesos extra pesados".
O trabalho foi feito em dois meses, coincidindo com o Natal. Foi preciso "redesenhar novamente a fonte de texto, completar a fonte de título itálica e desenhar, do início, a versão light. A dupla de tipógrafos pediu ajuda a Kai Bernau, um jovem designer com formação tipográfica na KABK de Haia, para terminar o projecto a tempo. Schwartz diz que "Kai não tinha muita experiência em tipografia por medida mas o seu talento é enorme e é um trabalhador nato. Não conseguiria ter completado este projecto sem o software Superpolator e à ajuda de Kai Bernau".
Pensada e desenhada especificamente, tal como a sua prima Guardian Egyptian, para ser usada no layout, condições de impressão e leitura específicas, de um jornal, acabou por "não seguir as pistas tradicionais do desenho de tipografias jornalísticas, ganhando assim um aspecto novo e contemporâneo. O único defeito desta fénix tipográfica foi, para Christian Schwartz, "não ter tido tempo suficiente para fazer todos os testes de impressão".
A família tipográfica final, foi acabada em Janeiro de 2007 e rebaptizada Público.
5 comentarios:
que increible y cuanta falsa moral y esperitu corporativo. recuerdo que, hace un año atras, todos los supuestos blog (incluido visualmente) bien pensantes de periodismo visual levantaban el dedo inquisitorial sobre los parecidos, plagios, copias, clones que habia en el mundo, se la agarraban con cuanto consultor habia por ahi para denigrarlo, pero resulta a que mark porter (que se convirtio en una especie de harry potter de los blogs), se puede copiar asi mismo y clona sin ningun descaro un the guardian a la portuguesa y se publica sin la mas minima critica. es evidente que los blogs, han muerto y que ni siquiera apelan ya a la critica con una analisis concreto y se han "institucionalizado" igual que los medios tradicionales. una lastima
En www.maquetadores.es si se hace referencia a ese parecido con un post titulado " El 'hermano pequeño' de The Guardian".
Me molestan los que tienen un blog sin lectores y tratan de robar lectores de los blogs que si los tienen. Esta es una práctica muy extendida en España. No se cual es la intención del anónimo que invita a los lectores a leer algo en Maquetadores. Yo fui a leer ese post y no dice nada nuevo. O sea, uno va a leer, genera tráfico y el blog menor recibe caudal de lectores del blog mayor.
Joder este es el post famoso:
El 'hermano pequeño' de The Guardian
Si le habéis echado un vistazo ya al número cero del nuevo Público habréis podido notar los enormes parecidos que tiene con el británico The Guardian, no sólo formalmente, sino incluso conceptualmente. Bien, no es plagio, sino que el propio Mark Porter, director de arte del diario inglés, ha dirigido el rediseño del portugués. A finales de enero, el día 22 exactamente, el mismo periódico publicaba una nota al respecto: "El nuevo Público, que pasará a ser impreso totalmente a color, adoptará un conjunto de fórmulas editoriales y gráficas que permitan a nuestros lectores sacar más partido del diario, aquellos que dispongan de pocos minutos para hojearlo y aquellos que deseen profundizar más en un tema. Como desde el primer número del periódico (lo que fue una innovación radical en Portugal), las ediciones de Lisboa y Oporto estarán diferenciadas, pero esa diferencia se verá en el primer cuadernillo, que incidirá en las noticias locales (como sucede hoy en los cuadernillos locales), reflejará las diferencias de intereses de los lectores de las distintas regiones del país respecto a los temas más próximos frente a los de interés nacional. Al mismo tiempo surgirá un nuevo cuadernillo, que se llamará P2, donde se profundizará en la actualidad desde puntos de vista originales y alejados de la rutina marcada por la información audiovisual. Un cuadernillo más atrevido, que tratará todos los temas de forma transversal y tendrá un punto de vista más crítico, más iireverente, más visual, incluirá también las colaboraciones de alguno de nuestros actuales cronistas del cuadernillo principal y una sección de recomendaciones, no sólo centrada en el consumo cultural sino incluyendo estilos de vida y opciones para el tiempo libre. Entre las novedades que reservamos para nuestros lectores está también un nuevo tipo de letra, es decir, una nueva familia de caracteres tipográficos que ha sido bautizado con el nombre de Público".
Muito interessante.
Abrazo
Paulo
.Portugal
Muy buenas, hoy encontré este diario portugés y me he quedado de piedra al comprobar que el diseño es exactamente igual que el del Público español, ustedes saben si ambos diarios pertenecen al mismo grupo?
Muchas gracias. un saludo
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