Folha no perdona
Empezamos juntos este espacio, siguiendo desde nuestros diarios la participación de las dos selecciones latinas. Y el final abrupto hizo que nuestros deseos se hicieran mierda contra la pared. Brasil y Argentina buscaban afianzarse en Alemania y mostrar que era lo mejor del fútbol planetario. Pero quiso el destino, la magia o la falta de hombría, que las dos quedaran afuera del camino. Ayer mostrabamos la despedida de los diarios argentinos del Mundial. Casi todos trataron de ser apasionados o lo que su línea editorial les permitiera ser en un momento donde el que piensa pierde. El fútbol son las tripas, el estómago, el corazón, los huevos. Nada tiene que ver el cerebro, ni la razón. En Buenos Aires todavía se habla de dignidad y de lo que pusieron los jugadores argentinos que casi sacan al anfitrión de la mesa copera. En Brasil, en cambio, se habla de otras cosas. Como ya lo dijimos al principio, empezamos con Massimo Gentile, del diario Folha de San Pablo, a seguir las repercusiones de los triunfos argentinos-brasileños. Hoy cerramos ese espacio con las tapas (capas) del diario y del suplemento que acaban de salir en Brasil y que muestran su derrota.
(Por Massimo Gentile) Mais uma vez o Zidane tirou o Brasil da Copa, dando uma palestra de futebol que impressionou o mundo inteiro. No títilo principal da primeira página, "França elimina Brasil", um generoso extra bold nas palavras "de novo" foltalece o a idéia.
A foto fui escolhida pelo suo valor simbólico. Teria sido perfeita uma imagem parecida, mas com, além do Zidane, e para representar o Brasil, outros protagonistas negativos do jogo. Ao final das contas Zé Roberto foi o melhor em campo por parte brasileira, umo dos pouquíssimos que tentou criar jogo. Aliás o Zé Roberto teve realmente pouca sorte nos últimos 12 anos. Participou da derrota contra a França na final de 98 e, apesar do resultado, fui um dos poucos que se salvou.
Não fui convocado em 2002, quando o Brasil levou a copa pela quinta vez, e voltou a participar de um mundial agora, mas perdendo novamente e sendo mais uma vez o melhor dos brasileiros. Suas lágrimas são bem comprensíveis.
A capa do caderno Copa não precisa explicações já que editorializa um conceito claro: "Sem desculpas". Ainda dá para discutir e encontrar justificativas pela derrota de 98. Desta vez não. Se a Argentina saiu da Copa de cabeça erguida, a
seleção não, e os brasileiros sabem disso.
Quem se deu bem fui o gaúcho Felipe Scolari que comemorou a vitória do Portugal contra seu próximo tíme, a Inglaterra. Assim ele assume um dos recordes de jogos como treinador nas Copas, evita o psico-drâma de encontrar e eventualmente eliminar o Brasil, e ganha toda a simpatia da torcida brasileira no próximo turno que vai ser contra a França. Um jogo de fotos na primeira página coloca em contraste a felicidade teatral do Felipão contra a expressão amarga do Parreira.