Um dia sem manchete
Participó de nuestras Quintas Jornadas Universitarias sobre Diseño de Información. Porque la creatividad, como la alegría, es sólo brasileña. Lo que nadie se animaría a hacer en el mercado nacional, Fabio Marra nos muestra que se puede hacer y no perder credibilidad. "A edição de hoje da Folha foi sem manchete. Sem um título principal. Não tínhamos mesmo... Faz o que... Optamos por fazer a capa sem", nos cuenta.
(Por Fabio Marra) Não poucas vezes participamos de infindáveis discussões sobre a importância da qualidade da informação na relação com o visual dos jornais.
Tentamos entender maneiras de reunir forças e, cada redação a sua maneira, provar a seus leitores que oferecem a melhor cobertura daquele dia, possuem os melhores repórteres e editam as páginas com maestria dia após dia.
Não tem jeito. Jornal se faz com reportagem bem apurada e textos bem escritos.
E quando nos deparamos com uma edição sem manchete, sem um grande assunto, sem uma grande apuração, sem um importante acontecimento? O que fazer?
O tema é controverso. Há quem prefira alguma manchete. Qualquer uma... Letrinhas que preencham o espaço tradicional ocupado no alto da primeira página, mesmo que não as tenha com propriedade.
A edição da Folha de S.Paulo desta segunda-feira, 14 de setembro, não tinha uma manchete que pudese ser estampada em 6 colunas. Nem tampouco em 5 ou 4.
Optamos pelo recurso gráfico próprio do projeto desenvolvido em 2006 pelo estúdio Garcia Media em conjunto com Massimo Gentile, então editor de arte, e equipe da Folha.
Nada tradicional, mas nesse caso, ao meu ver, completamente honesto para com os leitores.