Sigue el debate y la discusión, luego del reportaje de MacKay. Aquí opina, con una extensión poco conocida en él, el gran Massimo Gentile, de la Folha.
(Por Massimo Gentile) A discussão me parece interessante e involve grandes quesitos que vão desde do fututo da mídia impressa, até a função e a formação do desenhador de notícias.
Obviamente são questões fortemente relacionadas, que represematam vários lados do mesmo problema.
Estamos no meio de uma revolução tecnológica que, considerando a velocidade das mudanças, é brutal. Trata-se de um cambiamento que vai em duas direções. Em primeiro lugar, render "leves" (digitais) os protutos bem como as máquinas de produção e de comunicação, com consequências que, em parte, ainda hoje são inimagináveis.
Um ótimo exemplo, neste sentido, são os efeitos na mídia das duas guerras no Iraque.
A cobertura da primeira guerra do Golfo, assinada por Peter Arnett e que viu o nascimento da CNN, foi produzida com máquinas de filmagem e de transmissão “pesadas”, dignas de uma produção de Hollywood.
Na guerra mais recente, a do Bush filho, as primeiras imagens da invasão do Iraq, foram gravadas com os celulares dos soldados entrando em território iraquiano e chegaram ao mundo em tempo real, via satélite (depois do controle do Pentâgono).
Os doze anos que separam as duas guerras, em termos tecnológicos, representam uma eternidade.
Em termos de objetividade, considerando que boa parte da cobertura da última guerra foi feita com jornalistas “embedded”, talvez perdemos alguma coisa.
A segunda direção da revolução que está transformando nossas vidas, é render horizontais os meios de produção, uma vez que eles estão se tornando sempre mais "leves" e de custo acessível. Virou fácil abrir um blog, gravar um Cd, filmar um video, acessar informações que, antes de internet, eram fechadas em universidades ou em centros de pesquisas.
Isso significa que está aumentando sempre mais nossa possibilidade de participação bem como nossa capacidade de escolha.
A partir do final dos anos sessenta, e em menos de duas décadas, nas nossas televisões ganhamos o uso da cor e do controle remoto, acessório que parecia a conquista final e o paraíso dos pegrisuoços do sofá.
Hoje demos um pulo tão grande que é possível montar um cimena em casa sem gastar uma fortuna, e os monitores de plasma são os eletrônicos cujo preço mais caiu no último ano. No mundo inteiro.
Quem não entender e não acompanhar estas mudanças, se coloca na condição de “dead man walking”. As grandes gravadoras dedicaram anos na luta contra o MP3. E perderam, pagando um preço altíssimo já que muitas empresas fecharam. Os que sobreviveram, ficaram na obrigação de se fundir (sobraram 4/5 grandes grupos) e hoje dividem menos lucros com distibuidoras digitias como a Apple.
O mundo da comunicação vai ser particularmente afetado por parte desta revolução. Muitas empresas vão fechar, muito dinheiro vai ser queimado e muitas pessoas vão passar pela obrigação de conhecer uma reciclagem profissional. Enfim, muito sangue ainda vai ser derramado.
A mídia impressa também vai passar por um banho de sangue, uma transformação que vai ser sofrida. Os jornais perderam duas décadas combatendo primeiro a entrada dos computadores nas redações (aconteceu quase no mundo inteiro), depois
lutando e correndo atrás de um falso inimigo: a tv.
Hoje corremos o risco de perder ainda mais tempo discutindo falsos problemas, como a data do fim do papel e o início definitivo da era digital, em quanto Google já está trabalhando em um database com alcançe mundial para o micro comêrcio, colocando assim a própria sombra sobre o futuro econômico dos Classificados da mídia oficial, grande ou pequena que seja, não importa.
Segundo os norte-americanos, a última edição impressa do New York Time vai ser em 2014. Francamente, nesses termos, parece uma discussão inútil, já que focaliza o problema em termos de suporte. A verdadeira pergunta é outra: porque um leitor, em 2014, deveria assinar (ou comprar diariamente) um jornal (na sua versão digital ou impressa)?
Os periódicos, em primeiro lugar, deveriam retomar a tradição de ser uma lupa investigativa e de controle sobre quem tem responsabilidade de governo ou de administração da “coisa pública”. Com a segunda guerra do Golfo, parte da media impressa perdeu credibilidade, não tanto porque ficou a favor ou contra o confito, mas porque resolveu aceitar as teses das armas de destruição de massa de Saddam, usando as frágeis provas dos governos envolvidos nas operações militares.
Aconteceu nos EUA bem como na Europa mas, infelizmente, contra este tipo de periodísmo de parte não existe uma cura digital. Seria um erro grave não lembrar constantemente que a matéria prima de um bom jornal (digital ou no papel) é o bom jornalismo, sério e crítico.
Em segundo lugar, os jornais deveriam se abrir mais e virar definitavamente “o” lugar de debate sobre grandes questões éticas ou sociais, de forma séria e intellegível. O sucesso dos blogs mostra claramente a necessidade mundial de participação: se os jornais se mostrarem com pouca credibilidade (caso Iraq) e pouco permeáveis aos debates da sociedade civil (blogs) estarão mortos bem antes do 2014.
Ou, mais provável, vão ter que redimensionar próprios horizontes, virando boletíns, ferramentas de confronto, ou de ameaça, das estreitas élites econômicas e de governo.
Terceiro: internet é um mundo extrordinariamente rico mas, ao mesmo tempo, horizontal, confuso, não hieraquizado, bem como a televisão tem o limite de cristalizar em vídeo um momento, representar a reprodução rápida de um acontecimento.
A internet é participativa, mas oferece um excesso de possibilidades, a televisão é rápida, mas deixa o usário em posição pássiva, sem possibilidade de participação.
Nem a televisão, nem internet mostram o potencial que ainda hoje é a força dos diários: a capacide de aprofundar os conhecimentos e as ferramentas para entender melhor o senso de um fato, de uma lei, de uma guerra, de uma tendência econômica, ou de uma escolha a ser feita no próximo referendum.
Neste processo de trasformação e modernização, se por um lado a qualidade das informações vai continuar sendo a matéria prima dos periódicos diários, por outro vai ficar com os desenhadores de notícias a responsabilidade de sensibilizar as redações em desenvolver um pensamento visual novo, moderno.
O jornal de 2014 deve ser informativo, e ao mesmo tempo atraente, deve permitir percursos de leitura rápida, deve ser colorido e bem impresso, deve apresentar páginas surpreendentes, deve ser rico em remissões. Deve ser, jornalisticamente e visualmente, intelligente.
Deve permitir que um leitor encontre o assunto procurado quem nem o I-Pod, um quatro clicks e, ao mesmo tempo deve oferecer, além do óbvo, o enesperado.
Francamente gostaria trabahar em uma “newsroom” que funcionasse como um aplicativo “open source”, ou seja com todo mundo, a partir de uma filosofia editorial comum (source code), ocupado em desenvolver uma parte estratégica de um produto melhor. Não acredito muito na divisão entre jornalista de texto e jornalista visual. Este é um pensamento
de quando a produção qualitativa (informação) era industrialmente separada da produção técnica (visual). Hoje as diferenças
profissionais entre jornalista e desenhador deveriam ser simples e normais divisões de tarefas específicas, como normalemnte acontece em uma equipe.
Um team de football precisa de atacantes bem como de zagueiros e, mais importante, de um esquema de jogo comum que permita realizar pelo menos um gol a mais do que os adversários.
O grande privilégio de quem trabalha em um jornal de hoje é de poder “visualizar” a página em tempo real: basta aumentar o tamanho da foto mais significativa, acrescentar um infográfico, cortar um parágrafo de texto redundante e, sem muito esforço é possível realizar uma página espetacular.
Infelizmente, ma minha prática profissional de 20 anos de periodismo visual, teve que constatar como muitos jornalistas ainda hoje preferem mostrar um pensamento mais próximo ao peso do chumbo do que à leveza do formato digital ou à intelligência do I-Pod. Não é por acaso que Mario Garcia, nos seus livros como nas suas conferências, vai repetindo que, antes de redesenhar um jornal, precisa redesenhar a cabeça dos editores (e da redação).
Em termos de formação valem as mesmas reflexões feitas sobre mudanças no mundo real e resistências de algums setores específicos. Muitas universidades não estão conseguindo acompanhar a revolução digital. Provavelmente, nem querem, já que os faturamentos continuam altos.
No meu país, a Italia, existem poucos cursos de comunicação visual, e sempre dentro da faculdade de arquitetura. No Brasil, onde vivo atualmente, acontece o contrário: os arquitetos que não querem virar designers de interiores, acabam fazendo comunicação visual e, às vezes, entrando em um jornal como designers ou infografistas.
No diário onde trabalho (Folha de S.Paulo), as contratações de desenhadores de notícias ou de infografistas, só são feitas depois de uma seleção inicial e de um curso de treinamento interno que, quando for muito rápido, dura pelo menos três meses e meio: um mês para o domínio dos aplicativos básicos de design, 15 dias para o domínio do sistéma de paginação da Folha, dois meses para a parte mais "densa": aulas teóricas de desenho de notícias, tipográfia, e exercísos práticos ou simulações do dia-a-dia. É um paradoxo, mas as faculdades pedem uma fortuna para estudantes de design e, ao mesmo tempo, uma grande empresa de comunicação como a Folha (a segunda por faturamento no Brasil), no hora de necessitar de
colaboradores, está na obrigação de gastar recursos e destacar os melhores profissionais para treinar jovens talentuosos.
Será que temos que esperar o fim do papel, em 2014, para mudar todo isso?
Massimo Mario Gentile es director de Arte del diario "Folha de Sao Paulo", , de San Pablo, Brasil.